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O projeto Liminaridade | 5 movimentos foi finalizado em dezembro do ano passado com o lançamento da publicação LIMINARIDADE, que contou com artigos e diferentes materialidades imagéticas e textuais das integrantes do Coletivo Cartográfico – Carolina Nobrega, Fabiane Carneiro e Monica Lopes Galvão -; do Núcleo Tríade – Adriana Macul e Mariana Vaz – e de mais uma série de outros artistas e pesquisadores convidados – Ana Pato, Andre Mesquita, Bruna Coelho, Cambar Coletivo, Coletivo Teatro Dodecafônico, Frederic Gies, Gisele Brito, Graziela Kunsch, Guilherme Wisnik, Luísa Nóbrega, Rodrigo Munhoz e Thomas Lehmen.

A publicação foi concebida com a consultoria editorial de Daniel Lühmann e a arte gráfica de Maíra Dietrich.

Agora disponibilizamos um link de acesso para sua versão online. Um e-book que pode também ser baixado em versão PDF.

http://www.youblisher.com/p/1358996-LIMINARIDADE/

Publicação LIMINARIDADE

Agenda: PUBLICAÇÃO LIMINARIDADE + BATEPAPO + PERFORMANCES

É com imenso prazer que convidamos A TODOS para o LANÇAMENTO DA PUBLICAÇÃO | LIMINARIDADE.

Esta publicação é resultado do projeto LIMINARIDADE | 5 MOVIMENTOS, criado e realizado na parceria entre o Coletivo Cartográfico e o Núcleo Tríade, contemplado pela 17a edição do Fomento à Dança da Cidade de São Paulo. Além do lançamento da publicação teremos uma finalização do projeto com bate-papo e performances dos dois coletivos.

Convidamos a todos vocês a celebrarem conosco esta finalização. Segue abaixo a programação na íntegra:

11/12 | Sexta-feira | as 19h | Bate -papo: gênero e a sexualidade como espaços plásticos – performatividade, tecnologia e política – com Daniela Andrade e Glamour Garcia, no MIS.
http://www.mis-sp.org.br/icox/icox.php?mdl=mis&op=programacao_interna&id_event=2001

12/12 | Sabado | as 16h | _ performance “1o fracasso | gelo” do Coletivo Cartográfico _ a partir das 16h _ estima-se 4h de duração _ no MIS
http://www.mis-sp.org.br/icox/icox.php?mdl=mis&op=programacao_interna&id_event=2018

15/12 | Terça-feira | as 15h | _ performances simultâneas: “rastro#6 – 427” do Coletivo Cartográfico _ início às 15h _ duração indeterminada _ no Vale do Anhangabaú (região próxima ao viaduto do chá) e “a parte que te cabe#0”, do Núcleo Tríade, na Rua Dom José de Barros ( ao lado da Galeria Olido)

Venham!

LIMINARIDADEflyer5LIMINARIDADE
Editoria e organização
Coletivo Cartográfico (Carolina Nóbrega, Fabiane Carneiro e Monica Galvão) e Núcleo Tríade (Adriana Macul e Mariana Vaz)

Consultoria editorial, revisão e tradução
Daniel Lühmann

Projeto gráfico
Maíra Dietrich

Assistente de design gráfico
Gisele Nogueira

Colaboradores
Adriana Macul, Ana Pato, André Mesquita, Bruna Martins Coelho, Cambar Coletivo, Carolina Nóbrega, Coletivo Teatro Dodecafônico, Daniel Lühmann, Fabiane Carneiro, Frédéric Gies, Gisele Brito, Graziela Kunsch, Guilherme Wisnik, Luísa Nóbrega, Maíra Dietrich, Mariana Vaz, Monica Galvão, Ni Nadia ni nadie, Ricardo Basbaum, Rodrigo Munhoz, Thomas Lehmen, Val Lima

Produção
Vivi Bezerra

Agradecimentos:
Adriana Ayub, Ana Luisa Lima, Ana Pato, André Mesquita, Beatriz Cruz, Bruna Martins Coelho, Cambar Coletivo, Casa do Povo, Centro Cultural São Paulo, Centro de Referência da Dança, Ciça Coutinho, Ciro Bertolucci, Clara Gouvêa, Claudia Müller, Coletivo Teatro Dodecafônico, Dança no MIS, Daniela Andrade, Djalma Moura, Eduardo Fukushima, Equipe do Fomento à Dança, Estúdio Cia. Oito Nova Dança, Fábio Figueiredo, Felipe Bittencourt, Felipe Bittencourt, Felipe Matsumoto, Fernando Siviero, Flávio Rabelo, Frédéric Gies, Galeria Olido, Gervásio Braz, Gisele Brito, Glamour Garcia, Graziela Kunsch, Guilherme Wisnik, Hideo Kushiyama, James Turpin, Janaína Carrer, Joana Ferraz, Juliana Gennari, Juliana Melhado, Larissa Verbisck, Leandro de Souza, Luísa Nóbrega, Marcela Levi, Mirella Marino, MIS – SP, Monique Maritan, Ni Nadia ni nadie, Nirvana Marinho, Núbia Andrade, Oficina Cultural Oswald de Andrade, Olívia Niculitcheff, Paço das Artes, Paloma Fraga, Patrícia Rizzi, Pedro Felício, Pedro Stempniewski, Peter Hunhziker, Peterson Costa, Praça das Artes, Raquel Aguilera, Ricardo Basbaum, Ricardo Henrique, Roberto Rezende, Rodrigo Munhoz, Sandra Ximenes, Sheila Ribeiro, Stella Garcia, Tatiana Guimarães, Teatro Sérgio Cardoso, Tendal da Lapa, Terreyro Coreográfico, Thaís de Menezes, Thaís Di Marco, Thomas Lehman, Universidade Anhembi Morumbi, Val Lima, Verônica Veloso, Vila Itororó – Canteiro Aberto.

Sobre Trabalhos: fracassos _ Liminaridade | 5 movimentos

fracassos _  é uma série de performances que partem da proposição de situações-limite que borram as fronteiras entre corpo e objeto e/ou materialidade. O trabalho é parte do processo de pesquisa do projeto Liminaridade | 5 movimentos, criado e realizado na parceria entre o Coletivo Cartográfico e o Núcleo Tríade, contemplado pela 17a edição do Fomento à Dança da Cidade de São Paulo.

Cada fracasso parte de uma estabilidade plástica inicial que irá sendo transformada exaustiva e irreversivelmente através da ação das performers, que irá seguir a um programa de ação previamente estabelecido – cada objeto ou materialidade exigirá seu próprio roteiro, mas, fracasso após fracasso, as performers insistirão em novos embates inúteis e individuais contra a formalidade de seu corpo e a formalidade do objeto e/ou materialidade. Cada fracasso é como um capítulo de um Romance de estrutura quebradiça e inconclusa, se somando na insistência e solidão de cada ato.São atos no qual corpo e coisas se fundem e se modificam, as vezes irreversivelmente, rompendo suas fronteiras pré-estabelecidas. fracassos revela a fragilidade da existência dos corpos que, entre a sujeição e a insurgência, são condicionados e condicionam o ambiente, através de traumas e mortes compartilhados.

Criação, Concepção e Performance _ integrantes do Coletivo Cartográfico _ Carolina Nóbrega, Fabiane Carneiro e Monica Lopes.
Produção _ Coletivo Cartográfico e Viviane Bezerra.

_1o fracasso | gelo _   26 de junho – 6.ª feira – a partir das 11h

Três cadeiras tem 3 de seus pés apoiados em blocos de concreto (1 para cada pé) e 1 de seus pés apoiados em um bloco de gelo. As três cadeiras, apoiadas nos blocos de concreto e no bloco de gelo, desenham um triângulo no espaço. Em cima de cada uma dessas cadeira e, portanto, acima do concreto e do gelo, estarão sentadas as integrantes do coletivo cartográfico. Elas permanecerão sentadas até que, por causa do derretimento do gelo, elas e as cadeiras caem no chão. Duração – Indeterminada, depende do tempo de derretimento do gelo, estima-se no mínimo 4h.

Link teaser: https://vimeo.com/143618130

Fotos: Vivi Bezerra

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Fotos: Ciro Bertolucci

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_2o fracasso | isopor_   27 de junho – sábado – das 14h-22h

As 3 performers do coletivo cartográfico terão cada uma um bloco de isopor de altura igual à de cada uma delas, para, com os recursos do próprio corpo (mãos, unhas, dentes etc) tentar destruir o bloco no período de uma jornada de trabalho. Duração – 8h.

Link teaser: https://vimeo.com/143820986

Fotos: Ciro Bertolucci

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Fotos: Vivi Bezerra

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_3o fracasso | tijolo_   15 de agosto – sábado – das 14h às 18h

Fotos: Vivi Bezerra

Link teaser: https://vimeo.com/144357356

Sobre Trabalhos: rastro#5 || paroxismo

rastro#5 || paroxismo foi concebido para a Luz, São Paulo/SP, e integrou a programação da Virada Cultural 2015, no dia 21 de junho, das 14h-16h. A série de intervenções coreográficas site-specific rastros, desenvolvida pelo Coletivo Cartográfico desde 2014, envolve a criação de um roteiro coreográfico que deixe algum desenho no espaço, concebido a partir de especificidades do território.

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|| paroxismo ||

|| crise aguda, exacerbação periódica dos sintomas durante a evolução de uma doença ||

|| Luz || urbano através do rural || pelos trilhos || para o café || avança a cidade ||

|| Luz || fecha a primeira coroa dos bairros a que chamamos centro ||

|| fronteira tensiona tempos e agentes da cidade ||

|| catálise ||

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|| local || em frente a Estação da Luz ||

 || materiais || 45kg de café em pó || 3 potes ||

     ||  3 baldes de lona encerada para transporte de carga ||

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|| 1a fase || construção ||

 || despejam todo café no canteiro central da rua ||

|| com os potes, enchem completamente os 3 baldes de lona com café  ||

  || cada uma coloca um dos baldes pendurado sobre o pescoço ||

|| colocam-se lado a lado, no leito da rua, junto a faixa de pedestre, olhando para oeste ||

|| colocam as mãos dentro do balde, pegam um punhado de café em cada ||

|| colocam as mão nas laterais do corpo ||

|| caminham para frente deixando o café cair das mãos ||

|| desenham linhas paralelas vacilantes aos seus lados ||

|| seguem alguns metros para frente || depois retornam || seguindo o trilho de café ||

|| repetem as idas e vindas || uma a uma criam desvios || encruzilhadas ||

|| invadem a paralela da outra ||

|| quando o café acaba || voltam a abastecer o balde a partir da pilha no canteiro central ||

|| seguem os trilhos despejando o café, até ele acabar completamente ||

|| saem do desenho || deixam os baldes na calçada || observam ||

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|| 2a fase || destruição ||

 || uma a uma, elas lançam-se sobre o chão, sobre o desenho ||

    || permanecem até borrarem sua coerência ||

|| deixam vestígios ||

Fotos: Viviane Bezerra

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Agenda: fracassos _ Liminaridade | 5 movimentos

fracassos _ é uma série inédita de performances _ capítulos de um romance _ do Coletivo Cartográfico, nas quais a relação entre o corpo e algum objeto se desenvolve, em tempo indeterminado, até a exaustão e transformação irreversível da estabilidade original, do corpo e do objeto. Cada fracasso parte de uma estabilidade plástica inicial que irá sendo transformada exaustiva e irreversivelmente através da ação das performers, que irá seguir a um programa de intervenção preciso previamente estabelecido. O trabalho é parte do processo de pesquisa do projeto Liminaridade | 5 movimentos, criado e realizado na parceria entre o Coletivo Cartográfico e o Núcleo Tríade, contemplado pela 17a edição do Fomento à Dança da Cidade de São Paulo.

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Criação, Concepção e Performance _ integrantes do Coletivo Cartográfico _ Carolina Nóbrega, Fabiane Carneiro e Monica Lopes.
Produção _ Coletivo Cartográfico e Viviane Bezerra.

Oficina Cultural Oswald de Andrade

Rua Três Rios, 363 _ Bom Retiro

Agenda: rastro#5 || paroxismo _ na Virada Cultural

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Os Rastros são uma série de performances site-specific que o Coletivo tem realizado desde o início de 2014, investigando relações corpo-materialidades-cidades que deixam rastros temporários _ desenhos _ que testemunham por um tempo mais dilatado do que o do ato performativo, a memória de alguma ação humana coreográfica.

No contexto da VIRADA CULTURAL da cidade de São Paulo, o Coletivo Cartográfico desenvolveu a performance rastro#5 || paroxismo, ação inédita feita para e a ser realizada na Luz, na rua, entre a Estação da Luz e o Parque da Luz.

Data/Horário: no dia 21 de junho de 2015, domingo, a partir das 14h _ duração indeterminada

rastro#5 || paroxismo

Concepção, Criação e Performance _ Integrantes do Coletivo Cartográfico _ Carolina Nóbrega _ Fabiane Carneiro _ Monica Lopes

Produção _ Viviane Bezerra

Agenda: Conversas _ Ana Pato e André Mesquita

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O Núcleo Tríade e o Coletivo Cartográfico convidam para dois eventos públicos do projeto Liminaridade | 5 movimentos, que acontecerão na Oficina Cultural Oswald de Andrade, não percam!

No dia 15 de junho – SEGUNDA-FEIRA – 19h-21h30
Bate-Papo “Literatura Expandida: Arquivo e Citação na Obra de Dominique Gonzales-Foerster” com a pesquisadora Ana Pato.
Essa conversa engrossa o caldo da discussão do Movimento#1 – publicação, acervo e registro, a partir da apresentação da pesquisa da artista visual Dominique, no qual a noção de arquivo é parte inerente e não posterior de seu próprio trabalho.

No dia 18 de junho – QUINTA-FEIRA – 19h-21h30
Bate-Papo “Arte, Ativismo e Constelações Invisíveis” com o pesquisador André Mesquita.
Essa conversa é a primeira ação pública do Movimento#4 – arte-ativismo. Andre Mesquita irá discutir o quanto e por quais vias artistas e movimentos sociais buscam “tornar visível o que está invisível” através de mapas, intervenções, registros ou protestos, trabalhando em temas como geografias invisíveis de espaços militarizados, redes de finanças, memória, ou representações de desaparecidos políticos.

Agenda: 1o CTU – Composições Transitórias Urbanas

Coletivo Cartográfico foi convidado pelo Cambar Coletivo para participar do 1o CTU – Composições Transitórias Urbanas – “Minifônica”, que irá acontecer hoje, dia 18 de abril de 2015, das 15h-18h, na Rua Barão de Itapetininga em São Paulo/SP.

As CTU são eventos artísticos de caráter transdisciplinar com intuito de problematizar as dinâmicas relacionais nos espaços públicos das cidades, criadas pelo CAMBAR Coletivo. Abordam questões sobre os comportamentos corporais do cidadão comum neste tipo de espaço, focando num estudo sobre as sonoridades produzidas, encaradas como dispositivos para as ações a serem criadas. Estas ações se alimentam de inquietações acerca da noção de trabalho, produtividade, consumo e impessoalidade nutridas pelo ritmo frenético dos centros comerciais das grandes cidades. Envolvendo ainda, a noção de convivência, espaço pessoal e compartilhado, fronteiras, pertencimento, o estrangeiro como ‘the outsider’, globalização e terrritórios. Buscando detectar possíveis momentos de atrito e enlace, para através deles gerar espaços de solturas e pequenas transformações na maneira como habitamos estes espaços e nos relacionamos uns com os outros.

Maiores informações sobre a pesquisa e trabalho do CAMBAR Coletivo em seu site e Facebook!

 

1 CTU- Composições transitórias Urbanas

Sobre Trabalhos: __ rastro#4 __ acúmulo __

Na madrugada do dia 11 de abril de 2015, das 3h30 – 7h30 da manhã, o Coletivo Cartográfico realizou a ação performativa __ rastro#4 __ acúmulo __ na Feira da Madrugada, Largo da Concórdia e percurso entre ambos, no bairro do Brás, em São Paulo/SP.

Foto: Viviane Bezerra

Foto: Viviane Bezerra

A ação integra o movimento#2 – cidade, deriva e cartografia do projeto Liminaridade | 5 movimentos, realizado e proposto pelo Coletivo em parceria com o Núcleo Tríade, contemplado pela 17a edição do Fomento à Dança da Cidade de São Paulo.

__ rastro#4 __ acúmulo __ faz parte da série de performances Rastros – ações site-specific que o Coletivo tem realizado desde o início de 2014, investigando relações corpo-materialidades-cidades que deixam rastros temporários que testemunham por um tempo mais dilatado do que o do ato performativo, a memória de alguma ação humana coreográfica.

As integrantes do Cartográfico decidiram, como parte do processo de mergulho teórico prático do movimento#2, portanto, conceber um novo Rastro, como via de riscar alguma fatia do corpo urbano.

A escolha do novo território urbano para a concepção de __ rastro#4 __ acúmulo __ se deu a partir das seguintes perguntas, lançadas pelo Coletivo na internet:

1. Qual seria um lugar que você gostaria de destruir na cidade de São Paulo?

2. Qual seria um lugar que te excita na cidade de São Paulo?

3. Qual seria um lugar com conflito de classe na cidade de São Paulo?

4. Qual seria um lugar de descanso na cidade de São Paulo?

5. Qual seria um lugar com muitas camadas de tempo sobrepostas na cidade de São Paulo?

A partir das diversas respostas recebidas, foi escolhido o Brás como o território para o desenvolvimento do novo Rastro e, a partir de pesquisas de campo, pesquisas históricas e sociais, derivas e trabalhos em estúdio, escolheu-se usar roupas como materialidade para a realização da ação.

Foram arrecadados e utilizados na performance o total de 236 peças de roupa – 104 blusas femininas; 28 vestidos; 14 casacos; 38 saias, shorts e calças femininas; 9 calças e bermudas masculinas; 25 camisetas e camisas masculinas; 2 shorts infantis; 1 avental; 6 gravatas; e 6 lenços.

__ rastro#4 __ acúmulo __ teve a duração total de 4h.

Segue, abaixo, seu programa performativo na íntegra.

Foto: Fernando Siviero

Foto: Fernando Siviero

 

__ rastro#4 __ acúmulo __

 

__ área de realização __

__ Feira da Madrugada __ percurso pelas ruas Oriente e Barão de Ladário até o Largo da Concórdia __ Largo da Concórdia __

 

__ duração __

__ o tempo que for necessário para a realização de todo o programa de ação __

 

__ materiais __

__ trouxas de lona que contém cerca de 78 peças de roupa cada __ pequenas caixas de som __ cada qual presa a um cinto __ contendo trilha composta por silêncios de 6 minutos __ cortados pelo som de sirenes de fábrica __

 

__ início da ação __

__ Feira da Madrugada __ 4.000 boxes __ cada performer veste um dos cintos com caixa de som __ ainda juntos __ os performers ligam __ ao mesmo tempo __ as caixas de som __ cada performer pega uma trouxa e a leva até o local de início da ação __ num corredor __ entre ambulantes que vendem suas peças no chão __ abre o saco __ estende a lona  no chão como um tapete __ expondo a pilha de roupas __ pausa __ quando a primeira sirene tocar __ começa a ação __

 

__ ação __

__ todos amarram __ uma a uma __  as peças de roupa __ uma na outra __

__ criam __ aos poucos __ uma corda __ uma tripa __ uma linha __

__ toda vez que a sirene toca __ pausam __ quando silencia __ continuam __

__ assim que terminam de amarrar todas as roupas __

__ amarram uma das extremidades da corda em sua cintura __

__ pegam todas as roupas nos braços __ caminham __ por entre a feira __

__ deixam a lona para trás __

__ toda vez que a sirene toca __ pausam __ quando silencia __ continuam __

__ ao chegarem no grande corredor inicial __ soltam as roupas no chão __ atrás de si __

__ um a um __ numa fila __ caminha para a frente __ em direção a saída __

__ deixando exposta a corda __ a tripa __ a linha de roupas __

__ toda vez que a sirene toca __ pausam __ quando silencia __ continuam __

__ ao chegarem perto dos bancos de rodoviária __ param de caminhar __

__ lentamente giram __ deixando que as roupas se amarrem em seus corpos __

__ quando todas as roupas estiverem juntas a seus corpos __

__ se deslocam __ por entre a feira __ seus corredores __ suas vielas __

__ em direção à outra saída __ a menor __ a da rua oriente __

__ toda vez que a sirene toca __ eles pausam junto às outras coisas __ paredes __ roupas também inertes __ sacolas __ quando silencia __ continuam __

__ ao chegarem na saída da rua oriente __ esperam __ até que todos tenham chegado __

__ então caminham próximos __ entre as ruas do Brás __ para o Largo da Concórdia __ rua do Oriente __ rua Barão de Ladário __

__ durante esse trajeto __ quando a sirene toca __ não mais pausam __

__ desamarram uma das peças de roupa de seu corpo __ a estendem no chão __

__ uma silhueta __ um outro __

__ deitam ao seu lado __ depois seguem a caminhada __

__ ao chegarem ao Largo da Concórdia __ caminham até seu centro __

__ desamarram __ uma a uma __ as peças de roupa de seus corpos __

__ estendem __ uma a uma __ lado a lado __ as roupas no chão __

__ deitam __ dessa vez por cima __ de cada silhueta criada no chão __

__ ali ficam um tempo __ o necessário __

__ depois se levantam __ reiniciam o processo __

__ as sirenes continuam __ mas já não importam __ tudo segue __

__ apesar delas __ com elas __

__ pouco a pouco __ do centro à periferia do Largo __

__ criam um desenho comum __ com as roupas que despem de si __

__ qual um tapete circular __

 

__ quando desamarrar de si a última peça de roupa __

__ uma vez mais a estende no chão __

__ uma vez mais deita por cima dela __

__ mas dessa vez permanece __

__ até que toque __ uma vez mais __ a sirene __ sua última sirene __

 

__ quando o som da sirene terminar __

__ se levanta __ desliga a caixa de som __ senta em um banco qualquer __ espera até que todos tenham terminado __

__ todos vão embora juntos __ deixando as roupas para trás __

 

__ agradecimentos __ roupas doadas __

Danila Lessa, Luísa Nóbrega, Maíra Dietrich, Patrícia Sampaio, Vanessa Vianna, Viviane Bezerra.

 

__ fotos de Fernando Siviero __

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__ fotos de Viviane Bezerra __

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Sobre Trabalhos: Liminaridade | 5 movimentos

Ao longo de todo o ano de 2015, o Coletivo Cartográfico estará trabalhando, em parceria com o Núcleo Tríade, em torno do projeto Liminaridade | 5 movimentos, contemplado pela 17a Edição do Fomento a Dança da Cidade de São Paulo. O conceito de liminaridade (Homi Bhabha) define práticas descentralizadoras que irrompem e questionam estruturas sociais, políticas e culturais pré-estabelecidas. Tanto o Coletivo Cartográfico, quanto o Núcleo Tríade entendem que suas pesquisas em dança contemporânea são liminares, justamente por buscarem elasticizar as fronteiras da dança, colocando-a em atrito com o real e com outros campos de conhecimento estético, poético e político – especialmente das artes visuais, do urbanismo, da geografia e da filosofia. Em Liminaridade | 5 movimentos buscaremos decantar os processos individuais de cada grupo, verticalizar em nossas linguagens, ou encontrar desvios e rupturas de nossos percursos e metodologias tradicionais de trabalho, através de 5 eixos de pesquisa (movimentos) fundamentais para nossas pesquisas: movimento#1 publicação, acervo e registro movimento#2 cidade, deriva e cartografia movimento#3 des-fronteira entre as artes movimento#4 arte-ativismo movimento#5 corpo como construção performativa Cada movimento irá desencadear uma constelação de distintas experiências, estudos e ações propostas e provocadas pelas artistas integrantes dos dois coletivos e por artistas de diferentes linguagens e pesquisadores de diversas áreas, convidados para trocar suas conhecimentos, percepções, vivências e práticas em torno do tema em questão. Tríade Cartográfico irão, portanto, experienciar juntos e, em alguns casos, oferecer publicamente, uma série de conversas, oficinas e performances (que podem ser inéditas; re-leituras de trabalhos anteriores ou re-enactments). Os movimentos terão cada um a duração de dois meses, exceto o movimento#1 publicação, acervo e registro, que acompanhará a todos os movimentos, refletindo-os, registrando-os para que se desenhe, aos poucos, uma publicação que abordará esse hibridismo de pesquisas levantado ao longo do projeto, a ser lançada em dezembro de 2015. LIMINARIDADEmenu5

Ficha Técnica de Liminaridade | 5 movimentos:

Coordenação: Carolina Nóbrega e Mariana Vaz.

Núcleo Tríade e Coletivo Cartográfico: Adriana Macul, Carolina Nóbrega, Fabiane Carneiro, Mariana Vaz e Monica Lopes.

Produção: Viviane Bezerra

Arte Gráfica: Maíra Dietrich

Provocadores convidados:

movimento#1 – Ana Luisa Lima (Revista Tatuí); Graziela Kunsch (Revista Urbânia e Projeto Multirão); Nirvana Marinho (Acervo Mariposa); Sheila Ribeiro (Projeto 7X7); e Ricardo Basbaum;

movimento#2: Guilherme Wisnik;

 movimento#3: Cláudia Müller;

movimento#4: André Mesquita;

movimento#5: Laerte e Marcela Levi.

Para entrar em contato com o trabalho do Núcleo Tríade acesse aos links:

http://triadetour.com.br/

http://triademobile.com.br/